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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Canavieiras, uma cidade bucólica!

 1. Introdução 


Canavieiras é uma charmosa cidade localizada no litoral sul da Bahia, conhecida por suas belezas naturais, cultura vibrante e rica culinária. 

Com cerca de 34.000 habitantes e distando cerca de 110 Km de Ilhéus, e 84 Km da Ilha de Comandatuba, Canavieiras é um destino interessante por seus locais históricos e casario colonial bem conservado.  Aqui vamos mostrar um pouco da historia e cultura local de Canavieiras e seus pontos de interesse.

Beira mar de Canavieiras, foto HistoriacomGosto


Existem duas versões sobre a origem do nome do município de Canavieiras. A primeira é uma tentativa de dar mérito ao nome da família Vieira, neste caso o radical Cana, seria relacionado aos grandes canaviais (economia da época) e Vieira, família Portuguesa de antigos moradores da vila até meados de 1912, quando a vila era conhecida como "Princesinha do Sul".

A segunda e verídica versão, cujo nome teve origem na cultura da cana, lavoura de canavieira.

2. Resumo Histórico

Os primeiros habitantes do município de Canavieiras foram portugueses e brasileiros vindos de Ilhéus, por volta da primeira década de 1700. Segundo registros este grupo fugia dos índios pataxós que saqueavam a região, ou estavam em busca de terras mais férteis que supunham existir nesta localidade. O grupo se fixou na foz do Rio Pardo onde hoje se encontra a sede do Município.

O município foi criado com território desmembrado de Ilhéus, com a denominação de Imperial Vila de Canavieiras, por Resolução Provincial de 13 de dezembro de 1832. No início fixaram-se na região de Poxim (que era pouco frequentado pelos indígenas, essa denominação vem do Tupi "pequeno e feio") onde foi criada a Freguesia de São Boaventura do Poxim, por Alvará Régio de 11 de abril de 1718, do Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, Dom Sebastião Monteiro da Vide. A nova ilha às margens do Rio Pardo se mostrava mais favorável e com terras mais férteis, onde se deu início ao cultivo da cana-de-açúcar. Ela foi elevada à categoria de cidade por Ato Estadual de 25 de maio de 1891, do então governador José Gonçalves da Silva.

Em 1746 a história econômica de toda a região sul da Bahia começou a ser mudada em Canavieiras, quando Antônio Dias Ribeiro plantou as primeiras sementes de cacau nas margens do rio Pardo, na Fazenda Cubículo. Com as diversas crises seguidas da cultura cacaueira, tendo como ápice destas a "vassoura-de-bruxa" em 1989, a região passou a dar maior atenção ao turismo, em especial a partir da década de 1990.


3. - O que ver em Canavieiras


3.1. Praias de Canavieiras


Praia da Costa: Considerada uma das mais belas, com extensas faixas de areia dourada e águas tranquilas, perfeita para relaxar.

Praia da Costa, foto de Willemarcel em Wikipedia.com


Praia de Atalaia: Ideal para a prática de esportes aquáticos e pesca esportiva, além de possuir quiosques pitorescos para um lanche à beira-mar.

Praia Barra de Albino: Menos movimentada, oferece uma experiência mais tranquila, ideal para quem busca sossego e contato direto com a natureza.

3.2. Centro Histórico  - Arquitetura e História

a) Prefeitura: o edifício destaca-se por sua arquitetura colonial, típica das construções do ciclo do cacau que influenciou profundamente o desenvolvimento econômico e social de Canavieiras na virada do século XIX para o século XX.

Sede da Prefeitura na praça central, Paço Municipal, foto HistoriacomGosto

b) Casarões Antigos: O centro histórico de Canavieiras possui um conjunto arquitetônico preservado, com lindos casarões coloniais que contam muito sobre o passado da cidade.


Casario antigo recuperado, foto HistoriacomGosto


Casario antigo recuperado, foto HistoriacomGosto


Casario antigo recuperado, foto HistoriacomGosto


Casario antigo recuperado, foto HistoriacomGosto



c) Igreja Matriz de São Boaventura: Datada do século XIX, a igreja é um dos principais pontos turísticos, com sua imponente arquitetura e localização privilegiada no centro da cidade.

Igreja Matriz, foto Wikipedia

d) Biblioteca

Biblioteca local, foto HistoriacomGosto



3.3. Ilha de Atalaia


Localizada na foz do Rio Pardo, a ilha é uma atração imperdível com suas praias desertas e paisagens deslumbrantes. É o lugar perfeito para caminhadas ecológicas e um mergulho refrescante.

                       Praia de Atalaia, foto de Iryna Shpulak em Dreamstime.com


3.4. Reserva Extrativista de Canavieiras

Essa área protegida oferece a oportunidade de explorar a biodiversidade da região. É perfeita para observação de aves e caminhadas.

Manguezal em Canavieiras, foto de  Iryna Shpulak em Dreamstime.com

Caranguejos em Canavieiras, foto de Iryna Shpulak em Dreamstime.com



3.5. Eventos Culturais

Festival do Guaiamum: Celebrado anualmente, o festival é uma homenagem ao caranguejo típico da região. Inclui apresentações culturais e muita gastronomia local.

3.6. Culinária Local - Restaurantes

Moqueca de Peixe: Não deixe de experimentar a famosa moqueca baiana feita com peixes frescos da região.

Suco de Cacau: Apreciado em toda a região sul da Bahia, o suco de cacau é uma delícia única que você precisa provar.

Café/Restaurante em Canavieiras, foto HistoriacomGosto

Café/Restaurante em Canavieiras, foto HistoriacomGosto


Restaurante e Costelaria "Zé Linguiça", foto HistoriacomGosto


3. 7. Passeios de Barco

Os passeios de barco oferecem uma vista única das paisagens costeiras e a possibilidade de avistar golfinhos e tartarugas.

3.8. Letreiro / Mirante Canavieiras

foto HistoriacomGosto


4.0 Cidade antiga

Apesar de Canavieiras ter algumas ruas (3) e praças (02) com casas bem conservadas e restauradas, mesmo adjacente ao centro histórico já encontramos algumas casas abandonadas que mereciam uma recuperação. 

Foto HistoriacomGosto

Foto HistoriacomGosto


Bem, Canavieiras não é tão grande e podemos dizer que vale a pena uma visita pois é muito charmosinha. Como visitamos de passagem não sabemos como ela é à noite, ou como é ficar hospedado lá e frequentar as suas praias. É uma curiosidade que só o povo da região ou quem ficou alguns dias pode dizer.

5.0 - Curiosidade

A novela "Porto dos Milagres" foi filmada em parte  na cidade de Canavieiras, na Bahia. "Porto dos Milagres" é uma telenovela brasileira escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares. Ela foi exibida pela Rede Globo de 5 de fevereiro a 28 de setembro de 2001. Os principais atores da novela foram Antonio Fagundes, Cássia Kiss, Camila Pitanga e Marcos Palmeira, Gloria Menezes, Reginaldo Farias e outros.

"Porto dos Milagres" segue a história de dois irmãos, Alexandre e Bartolomeu, separados pelo destino e pela ambição. Enquanto Alexandre Guerrero deixa a cidade para se tornar um magnata em Lisboa, seu irmão Bartolomeu permanece e lidera os pescadores, desafiando o poder e a corrupção locais.

6.0 Referências


Wikipedia - Canavieiras

Chat Gpt - pesquisa

Fotos: HistoriacomGosto, Dreamstime

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Noto (Itália), um passeio pelo barroco e história!

 I. - Introdução


Noto é uma cidade situada na deslumbrante região da Sicília, Itália. Conhecida como a "Capital do Barroco", Noto é um tesouro de maravilhas arquitetônicas, rica história multicultural e vibrante vida contemporânea. Este blog leva você em uma travessia por sua fascinante herança e oferece uma mostra do que explorar nesta cidade única.


Vista geral da Catedral de Noto, foto de Sergio Bertino em Dreamstime.com


II. - História Resumida com as Principais Etnias e Ocupações


Noto tem uma história profunda e diversificada, influenciada por várias culturas ao longo dos séculos. Originalmente habitada pelos Sículos, a cidade experimentou a dominação Grega, que deixou importantes marcas culturais e urbanísticas. Durante o período romano e bizantino, Noto continuou a florescer, mas foram os Árabes, no século IX, que trouxeram avanços agrícolas e arquitetônicos significativos.

Com a conquista Normanda, Noto testemunhou a construção de castelos e catedrais que marcaram o início do seu legado arquitetônico. A era dos Hohenstaufen e, posteriormente, dos Aragoneses, representou períodos de expansão política e cultural. No entanto, o terremoto de 1693 destruiu a cidade antiga, levando à sua reconstrução em estilo barroco que conhecemos hoje.


III. - Principios da Reconstrução


1. Replanejamento Urbano e Arquitetônico

A cidade foi planejada de acordo com princípios urbanos barrocos, caracterizados por ruas largas e retas, grandes praças, e edificações dispostas de forma harmônica.

Os arquitetos Rosario Gagliardi, Vincenzo Sinatra e Paolo Labisi desempenharam papéis fundamentais na concepção deste novo plano, criando edifícios que se destacam pela sua grandiosidade e detalhada decoração escultórica.


Centro histórico de Noto, foto de Wirestock  em Dreamstime.com


2. Conjunto de Edifícios Monumentais

Em Noto, a arquitetura barroca é evidente em diversas estruturas, como a Catedral de San Nicolò, o Palazzo Ducezio (sede da prefeitura) e a Igreja de San Domenico. A sólida pedra calcária nativa, que se torna dourada ao pôr do sol, adiciona uma magia especial às fachadas sinuosas e aos interiores opulentos.


Noto, Igreja de São Domingos, foto HistoriacomGosto

3. Unidade e Coesão Estética

Diferente de outras cidades que mesclaram estilos ao longo dos séculos, Noto oferece uma coesão rara e uma continuidade estilística que imerge os visitantes em um ambiente puramente barroco, sem interrupções ou contrastes abruptos.

Rua principal de Noto, foto HistoriacomGosto



IV. - Principais Eventos e Personagens


A reconstrução no século XVIII, liderada por arquitetos como Rosario Gagliardi, transformou Noto em um exemplo magnífico do barroco siciliano, com eventos de inovadoras técnicas urbanísticas da época. O Festival das Flores de Noto (Infiorata di Noto), iniciado nos anos 1980, celebra a primavera e a arte com elogio à arte efêmera das flores, atraindo visitantes de todo o mundo.

Salvatore Quasimodo, nascido em Modica, Val del Noto

Entre os personagens ilustres, Salvatore Quasimodo, um poeta local nascido em Modica, Val del Noto,  que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura e sempre exaltou a beleza e misticismo da Sicília em suas obras.


V. - Locais de Visitação


Noto oferece uma impressionante coleção de pontos turísticos. A partir da majestosa Catedral de San Nicolò, que ocupa o coração de Noto, até o esplêndido Palácio Ducezio, cada estrutura conta uma história. Não deixe de visitar o Teatro Comunale e o Convento de San Francesco, que oferecem uma visão deliciosa da arquitetura e arte barrocas.

O Jardim Público de Noto é ideal para uma pausa entre as visitas, oferecendo vistas espetaculares do entorno. Descubra também pequenas joias, como a Igreja Santa Chiara e a impressionante fachada da Porta Reale.


a) Catedral de São Nicolau

A construção da Igreja de São Nicolau começou no início do século XVIII, como parte da reconstrução geral na Sicília após o devastador terremoto de 1693 .

O longo intervalo entre o início da construção, segundo projetos de Rosario Gagliardi , e sua conclusão em 1776 sob a supervisão de Bernardo Labisi, provavelmente é responsável por várias peculiaridades e inconsistências de projeto e pela introdução de elementos neoclássicos . 

A fachada, cuja composição é comparável à da igreja de Notre-Dame, em Versalhes, e à igreja pré-revolucionária de Saint-Roch, em Paris , foi iniciada no final de 1767 com projetos de cerca de 1740 de Gagliardi.

No século XIX, a cúpula teve que ser reconstruída duas vezes, terminando como uma construção neoclássica, após colapsos causados ​​por terremotos. Na década de 1950, muitas reformas foram realizadas, não totalmente bem-sucedidas, por exemplo, o trompe-l'œil dos elementos verticais e a decoração em têmpera das abóbadas pelos pintores Arduino e Baldinelli, bem como grandes alterações no altar-mor e no órgão


Catedral de São Nicolau, foto HistoriacomGosto


Em 1996, a catedral de Noto sofreu um colapso parcial. O desabamento ocorreu na noite de 13 de março de 1996 e resultou no colapso da cúpula e do teto da nave central. A causa principal foi atribuída a uma combinação de fatores, incluindo problemas estruturais decorrentes de materiais de construção inadequados e técnicas de restauração insatisfatórias usadas ao longo do tempo, além de danos acumulados por terremotos anteriores. O colapso levou a um extenso projeto de reconstrução e restauração, que culminou na reabertura da catedral ao público em 2007, restaurando seu esplendor barroco original.

Interior da Catedal, foto HistoriacomGosto

Pintura no interior da catedral, foto HistoriacomGosto


b) Palácio Ducézio

As obras de construção do edifício foram iniciadas pelo arquiteto Vincenzo Sinatra em 1746, inspirando-se em alguns palácios franceses do século XV. 

O salão denominado Sala dos Espelhos, de planta oval, foi enriquecido com estuque e ouro no estilo Luís XV e suntuosos espelhos no final do século XIX. No início dos anos trinta, por ocasião da visita oficial de Umberto e Maria José de Sabóia, Príncipes do Piemonte, o salão foi restaurado pelo pintor Gregorietti. Os móveis foram confeccionados pelo mestre Dugo, artesão da empresa Franza.


Palácio Ducézio, foto de Sebastiano Leggio em Dreamstime.com

 
c) Igreja de São Francisco 

A igreja foi construída entre 1704 e 1745, durante o período barroco, que é caracterizado por detalhes ornamentais exuberantes e uma ênfase em curvas e dinamismo na arquitetura. Como Noto e outras cidades vizinhas foram severamente danificadas por um terremoto em 1693, muitas estruturas da cidade, incluindo a Igreja de São Francisco, foram reconstruídas nos estilos arquitetônicos populares da época, resultando na aparência barroca distintiva que vemos hoje.



A fachada da igreja é elegante e imponente, com usos marcantes de colunas, pilastras, cornijas e esculturas decorativas que são típicas do barroco.

No interior, a igreja possui uma rica decoração de esculturas, altares trabalhados e afrescos, cada qual contribuindo para a atmosfera espiritual e artística do espaço.

A igreja é acessível através de uma grande escadaria que, de acordo com muitos relatos, oferece uma vista impressionante da cidade de Noto e destaca ainda mais a presença grandiosa da igreja na praça.


VI.- Características Religiosas


A religião desempenha um papel central em Noto, com festividades e tradições enraizadas no catolicismo. A cidade é famosa por suas procissões durante a Semana Santa, onde antigas articulações religiosas se encontram nas ruas de paralelepípedos. As igrejas e catedrais não são apenas locais de culto, mas também representam as conquistas artísticas mais sublimes do barroco.


VII. - Noto Contemporâneo

Hoje, Noto mantém-se vibrante e acolhedora. Com um cenário cultural em expansão, a cidade abriga diversos festivais de música, exposições de arte, e eventos gastronômicos que destacam a rica tradição alimentar siciliana. Modernas práticas de vinicultura também ganham destaque, trazendo vinho de qualidade para dentro da identidade cultural de Noto.

A cidade continua a atrair turistas fascinados por sua história e inovadores contemporâneos que incorporam tradições ao presente, mantendo vivo o vigor cultural de Noto. Em Noto, o passado e o presente coexistem harmoniosamente, tornando cada visita uma experiência rica e memorável.

Noto, junto com outras cidades do Val di Noto, foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2002. Esta designação ressalta sua contribuição extraordinária para o legado cultural baroco e atrai visitantes de todo o mundo.


VIII. - Referências

Wikipedia - Noto



sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Costa Amalfitana: Positano e Amalfi, beleza, dureza e história!

 1. - Introdução ao Encanto da Costa Amalfitana: Positano e Amalfi

A Costa Amalfitana é  um dos destinos mais encantadores e icônicos da Itália, estando localizada no coração da região da Campânia. Entre as joias dessa encantadora costa estão Positano e Amalfi, cujas belezas naturais e arquitetônicas fascinam os visitantes.


Vista geral de Positano, foto de © Ig0rzh em Dreamstime.com


a) A Estrada Desafiadora


Para chegar a estas cidades, prepare-se para uma jornada tanto desafiante quanto magnífica. A famosa estrada costeira, a SS163, serpenteia pela borda de precipícios rochosos, oferecendo vistas deslumbrantes, mas exigindo atenção e cuidado do motorista. As curvas acentuadas e estreitas são um teste para a habilidade, principalmente na alta temporada, quando o trânsito aumenta consideravelmente. Essa estrada é um espetáculo por si só, oferecendo panoramas infinitos do mar Tirreno de um lado e das dramáticas falésias do outro.


Estrada da Costa Amalfitana, foto de  © Neirfy em Dreamstime.com

b) As Casas Encasteladas

Um dos cenários mais pitorescos de Positano e Amalfi é o das casas que parecem estar encasteladas nas encostas íngremes. Em Positano, as coloridas construções se proliferam pelas colinas quase como se fossem uma extensão natural da paisagem. Eles criam uma paleta viva que contrasta maravilhosamente com o azul profundo do mar e o verde vibrante da vegetação.

Vista do alto de Positano, foto de © David Pillow | em Dreamstime.com


c) As Pequenas Faixas de Praia

Ambas as cidades possuem praias pequenas, mas extremamente encantadoras. A praia principal de Positano, Spiaggia Grande, oferece um recanto relaxante e a oportunidade de alugar um barco para explorar a costa. Em Amalfi, a praia pequena e aconchegante proporciona um local perfeito para retirar-se do burburinho e contemplar o vai e vem das ondas.


Praia de Amalfi, foto HistoriacomGosto


d) História Rica

Em termos históricos, tanto Positano quanto Amalfi têm muito a contar. Amalfi, que já foi uma poderosa república marítima durante a Idade Média, ainda exibe marcos como a imponente Catedral de Santo André. Este edifício notável é uma mistura de estilos arquitetônicos e contém importantes relíquias religiosas.

Positano, embora menor em comparação, não é menos cativante. Suas raízes históricas remontam à época romana e, segundo lendas, foi fundada por Poseidon. Durante o século XX, tornou-se um refúgio para artistas e escritores, atraídos pela natureza inspiradora e atmosfera tranquila da cidade.

2. Positano

Positano é uma comuna da província de Salerno, na região da Campânia, na Itália. Possui cerca de 3 862 habitantes e estende-se por uma área de 8 quilómetros quadrados.

Durante a Idade Média, Positano foi um porto pertencente à república de Amalfi. A cidade prosperou nos séculos XVI e XVII, porém entrou em decadência em meados do século XIX, quando mais da metade da população emigrou, principalmente para a América. Durante a primeira metade do século XIX, Positano foi uma pequena vila de pescadores. A partir dos anos 1950, porém, a cidade começou a atrair turistas, especialmente depois que o escritor estadunidense John Steinbeck publicou um ensaio sobre a cidade na revista Harper's Bazaar em maio de 1953.

Acesso a Positano

Ao percorrer a estrada estreita que leva a Positano, os visitantes encontram uma variedade de pequenas lojas e bancas de artesanato. 

Estrada chegando em Positano, foto HistoriacomGosto


Este comércio reflete a rica tradição artística e cultural da região, oferecendo itens feitos à mão que vão desde cerâmicas coloridas até acessórios em couro, uma verdadeira especialidade local.


Comércio local, foto HistoriacomGosto


Pequena praia e casas na montanha


Praia de Positano e visão para as casas e comércio, foto HistoriacomGosto


Igreja de Santa Maria Assunta 

A Igreja de Santa Maria Assunta é um dos marcos mais icônicos e reverenciados de Positano. Situada no coração deste charmoso vilarejo, a igreja é imediatamente reconhecida pela sua majestosa cúpula coberta por majólicas, que reluz sob o sol mediterrâneo. A tradição diz que sua construção data do século X, ligada ao antigo mosteiro beneditino que existia na região.

Igreja de Santa Maria Assunta, Positano, foto HistoriacomGosto


O estilo arquitetônico da Igreja de Santa Maria Assunta é majoritariamente românico, incorporando elementos que refletem sua longa história e as influências culturais que caracterizaram a Costa Amalfitana. Seus interiores, frequentemente exaltados por arte sacra, incluem afrescos impressionantes e obras esculpidas que são testemunhos da devoção religiosa e do talento artístico ao longo dos séculos.

O Ícone da Virgem Negra

Entre as preciosidades guardadas na igreja, está um antigo ícone bizantino da Virgem Maria, conhecido como a "Virgem Negra". Lendas e histórias cercam esta peça religiosa, incluindo narrativas sobre como ela trouxe proteção e bênçãos a Positano. A influência espiritual e cultural deste ícone ainda é fortemente presente nos rituais e festividades locais.

Um drink em um hotel de Positano

Em Positano existem muitos hoteis e restaurantes charmosos para se hospedar, fazer uma refeição ou tomar um drink arrodeado por uma bela vegetação e arvoretas de limão siciliano.

Palazzo Murat, foto HistoriacomGosto

Palazzo Murat, foto HistoriacomGosto

Palazzo Murat, foto HistoriacomGosto


Palazzo Murat, foto HistoriacomGosto

3. - Amalfi


Amalfi é uma comuna da província de Salerno, na região da Campânia, na Itália. Possui cerca de 5 421 habitantes. Estende-se por uma área de 6 quilómetros quadrados, tendo uma densidade populacional de 904 habitantes por quilômetro quadrado.

Amalfi, foto de Minnystock em dreamstime.com


Considerada uma das mais antigas repúblicas marítimas, Amalfi desenvolveu intenso intercâmbio com o Império Bizantino e Egito durante a Idade Média. Os mercadores amalfitanos conquistaram, dos árabes, o monopólio do comércio mediterrâneo, fundando, no século X, a base mercantil da Itália meridional no Oriente Médio

Localização de Amalfi no mar Tirreno, mapa google


Entre os testemunhos mais importantes da grandeza de Amalfi, estão as "Tábuas Amalfitanas" (Tavole Amalfitane), um código que reunia as normas do direito marítimo e que permaneceu válido por toda a Idade Média.

Depois da conquista pelos normandos em 1073, Amalfi iniciou uma rápida decadência, sendo substituída por Nápoles em seu papel de potência mercantil.


O centrinho de Amalfi / Praça do Duomo

A Praça do Duomo é o coração pulsante da encantadora cidade de Amalfi, situada na deslumbrante Costa Amalfitana. Este local pitoresco é rodeado por uma vibrante combinação de arquitetura histórica, vida local e comércio, servindo como um ponto de encontro tanto para moradores quanto para turistas.

Praça do Duomo, Amalfi, foto Wikipedia

Catedral (Duomo) Amalfi

Catedral de Amalfi ou Catedral de Santo André, é uma catedral católica romana medieval na Piazza del Duomo. É dedicada ao Apóstolo Santo André , cujas relíquias são mantidas aqui. É sede arquiepiscopal da Diocese de Amalfi-Cava de Tirreni.

Iniciada nos séculos IX e X, foi adicionada e redecorada várias vezes, com elementos árabes, normandosgóticosrenascentistasbarrocos e, finalmente, uma nova fachada normanda-árabe-bizantina do século XIX. 

A catedral inclui a adjacente Basílica do Crucifixo do século IX. Saindo da basílica, há degraus para a Cripta de Santo André, onde suas relíquias podem ser encontradas.

A primeira igreja, agora o Museu Diocesano de Amalfi , foi construída no século IX sobre as ruínas de um templo anterior.  Uma segunda igreja foi construída ao sul no século X, e esta é agora a catedral. No século XII, as duas igrejas formaram uma única igreja românica de 6 naves, que foi reduzida para 5 no século XIII para permitir a construção do Claustro do Paraíso,  no estilo árabe-normando.

Os restos mortais de Santo André teriam sido trazidos de Constantinopla para Amalfi em 1206 durante a Quarta Cruzada pelo Cardeal Pedro de Cápua . Em 1208, a cripta foi concluída e as relíquias foram entregues à igreja. Dizia-se que mais tarde o maná saiu dos ossos do santo. 


Fachada e Torre

A fachada frontal foi reconstruída no final do século XIX em mármore e pedra listrados, com um frontão alto decorado com mosaicos e um pórtico profundo com janelas de delicada traceria árabe-mourisca semelhante, mas mais ornamentada do que a original. Os mosaicos do tímpano retratam “O triunfo de Cristo” em uma obra criada por Domenico Morelli e cujos desenhos originais são mantidos na Câmara Municipal. Além disso ela tem uma majestosa escadaria que se estende até a praça central.


Catedral de Amalfi, foto HistoriacomGosto

Capela / Museu

Atualmente, a capela, antiga igreja, foi transformada em um pequeno museu dedicado a preservar e expor a arte religiosa e a história cultural da Catedral de Santo André. As exposições no museu incluem:

Arte Sacra: Ícones religiosos, paramentos litúrgicos e manuscritos antigos que narram a herança espiritual de Amalfi.
História da Catedral: Documentação e exibições interativas que detalham a evolução arquitetônica e cultural da catedral ao longo dos séculos.

Capela da antiga Igreja, foto HistoriacomGosto

Obra exposta no Museu, foto HistoriacomGosto


O Claustro do Paraíso

Ao lado da catedral, encontra-se o Claustro do Paraíso (Chiostro del Paradiso), construído no século XIII. Este belo claustro apresenta colunas em estilo arabesco e é um espaço sereno onde estão sepultados os nobres de Amalfi. Os jardins e corredores do claustro são adornados com arcos brancos entrelaçados, criando um ambiente de tranquilidade e contemplação.

claustro, foto HistoriacomGosto

Claustro foto HistoriacomGosto


A Cripta

Situada abaixo da nave principal, a cripta é um dos locais mais sagrados da catedral, onde se acredita que os restos mortais de Santo André estão guardados desde 1206. Decorada em estilo barroco, a cripta é uma capela ricamente ornamentada, com relevos e estatuetas que narram a vida de Santo André.

Interior da Cripta, foto HistoriacomGosto

Interior da Cripta foto HistoriacomGosto


Interior da Cripta, foto HistoriacomGosto


Capela das reliquias, foto HistoriacomGosto


Nova Catedral - Interior

O interior da catedral é um tributo ao barroco, com colunas de granito egípcio, afrescos coloridos e tetos ricamente decorados. A nave principal é vastamente adornada e avança até o altar central, onde detalhadas obras de arte emolduram o espaço sagrado.

Interior da Nova catedral, foto HistoriacomGosto


Naves: O edifício é constituído por uma nave central e várias naves laterais, cada uma decorada com capelas de diferentes épocas e estilos.
Capelas Laterais: Abrigam obras de arte e relíquias valiosas, cada uma dedicada a santos distintos ou famílias nobres que tiveram um papel na história da cidade.

Pasticceria Panza

Em Amalfi é realmente imperdível tomar um chocolate ou café com um dos doces da Pastelaria Panza.  

Pasticceria Panza, foto da propriedade


A história desta empresa está naturalmente entrelaçada com as vicissitudes de uma família que a guia com orgulho há cinco gerações.

Fundada em 1830 por Andrea Pansa a pastelaria manteve inalterado o encanto transmitido pelos móveis oitocentistas que ainda cheiram às essências dos Padres entre aqueles espelhos dourados que ainda reflectem imagens de personalidades como Ibsen Wagner Longfellow e Quasimodo, abaixo do legado dos cruzeiros alongados de glórias passadas.

Fachada da Pasticceria Pranza, foto HistoriacomGosto


Em Fevereiro de 2001, Pansa recebeu o prestigiado reconhecimento de inscrição no registo da associação cultural de Lugares Históricos de Itália, por ser justamente considerado um dos mais antigos ambientes de produção e degustação de doçaria da região de Amalfi.

Pequena Praia

A praia de Amalfi é uma pequena faixa de areia escura. No verão ela é tomada por cadeiras, sombrinhas e muitos turistas. 

Praia de Amalfi, foto HistoriacomGosto


4. Referências


Wikipedia - Positano, Amalfi, Duomo de Amalfi

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