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domingo, 18 de fevereiro de 2024

Nápoles, um caos cheio de história!

 1. - Introdução


Essa postagem busca explorar a fascinante e multifacetada história de Nápoles, oferecendo uma visão abrangente dos períodos históricos que moldaram a cidade, as culturas que ali floresceram, e os eventos significativos que ocorreram ao longo dos séculos. O intuito é não apenas informar, mas também inspirar uma apreciação mais profunda pela rica herança cultural de Nápoles.

visaõ geral da baía de Nápoles com o Vesúvio ao fundo
Visao geral de Napoli, foto de © Aleh Varanishcha | Dreamstime.com


2. - Pequeno resumo Histórico de Nápoles


Nápoles, é uma das cidades mais antigas e ricas em história da Europa. Ela oferece um mosaico cultural que reflete os diversos povos e civilizações que a influenciaram ao longo dos séculos.

Abaixo colocamos um resumo da sua fascinante história ao longo do tempo:

a) Fundação e Antiguidade (sec IX a.C. a sec IV a.C.)


História Inicial: Nápoles foi fundada como Parthenope por colonos gregos de Cálcis, por volta do século IX a.C.,. No século VI a.C. a cidade de Neápolis, que significa "Cidade Nova", foi fundada próxima a Parthenope devido ao crescimento populacional e a necessidade de uma localização mais adequada ao comércio. A cidade rapidamente se tornou um importante centro comercial e cultural na Magna Grécia.

Com a expansão ateniense sob o comando de generais como Péricles, Nápoles se tornou um aliado importante dentro da esfera de influência ateniense no Mediterrâneo ocidental. Os gregos influenciaram a língua, religião e práticas comerciais em toda a Campânia.


Mapa mostrando a localização de Nápoles e do Mar Tirreno
Mapa de Nápoles e do mar Tirreno, google maps



b) Período Romano (século V a.C. a século V d.C)

Com a expansão romana, Nápoles foi incorporada ao Império Romano como uma cidade federada, mantendo certa autonomia e suas tradições gregas. Durante o período romano, Nápoles floresceu como um centro de cultura e erudição, atraindo filósofos, poetas e artistas.

Justamente pela importância do seu porto, em 326 a.C. rendeu-se aos romanos , preservando porém a herança civil dos seus fundadores até à Idade Média, tanto que poderia ser definida como "a metrópole do helenismo ocidental" .

Virgílio (70 a.C. - 19 a.C.), o grande poeta romano, embora não nascido em Nápoles, passou parte de sua vida na cidade e foi enterrado nas suas proximidades.

foto de estátua do busto de Virgílio escritor romano
Busto de Virgilio


Catacumbas de San Gennaro: Embora as origens das catacumbas datem do século II, elas foram expandidas nos séculos subsequentes. São um dos mais antigos cemitérios cristãos, refletindo a prática funerária da era pré-cristã até a antiguidade tardia.

foto do interior das catacumbas de Nápoles mostrando uma de suas cavernas
Catacumba de Nápoles, foto Lucamato em dreamstime.com



c) Idade Média (Século V a Século XIII)


c.1 - Ducados de Nápoles

Após a queda do Império Romano, Nápoles foi governada por uma série de potências, incluindo os Ostrogodos, Bizantinos e Lombardos. No século IX, tornou-se a capital do Ducado de Nápoles, mantendo uma certa independência em meio às lutas de poder na Itália medieval.

Nesse período, personagens como  os duques de Nápoles, exemplo de  Sergio IV, foram fundamentais para manter a cidade relativamente autônoma durante as invasões e disputas de poder.

As construções mais relevantes do  período foram:

Castel dell'Ovo: No local havia sido construída no século I a.C. uma esplendida vila muito luxuosa por Lúcio Licínio Lúculo e que ficou conhecido como castelo Luculano. Posteriormente em tempos mais difíceis para o império, a vila foi fortificada no século V. Do século VI ao século X foi transformado em um convento. Foi destruído e posteriormente reconstruído algumas vezes. O último restauro aconteceu em 1975.

foto mostrando o castelo do Ovo, que tem o formato de um ovo
Castelo dell'ovo, foto napolike

Basilica di San Gennaro fuori muro

A basílica foi construída perto das catacumbas de San Gennaro no século V e a antiga estrutura foi provavelmente o resultado da fusão de dois antigos cemitérios, um do século II contendo os restos mortais de Santo Agripino (o primeiro padroeiro da cidade ) e outra do século IV, que abrigou os restos mortais de San Gennaro, pelo menos até a transferência dos restos mortais que ocorreu na primeira metade do século IX.


c.2) O período normando-suábio - Reino da Sicília (1139 a 1266)

Em 1139 os normandos conquistaram a cidade e o ducado passou a fazer parte do território do Principado de Cápua , no recém-formado Reino da Sicília. Este novo reino foi governado pelos normandos até 1197 : a capital foi colocada em Palermo a mando de Rogério II de Hauteville , mas Nápoles, já um centro de importância desde o século VII está ligada à sua função como um notável centro mercantil

Assim que o Reino da Sicília passou para as mãos dos suevos sob o comando de Hohenstaufen , Frederico II da Suábia sempre preferiu Palermo como residência, bem como a Capitanata na Apúlia, mas  decidiu estabelecer em Nápoles a Universidade de onde retiraria a classe dominante do Estado. Esta escolha deveu-se, entre outras coisas, à sua posição geográfica, dado que o novo Estúdio deveria ter sido um centro de atração não só para o Reino da Sicília, mas também para o Sacro Império Romano. A Universidade, uma das mais antigas da Europa, fundada em 1224, foi concebida como uma escola independente do poder papal.

Universidade de Nápoles

Foi fundada em 1224, sendo uma das mais antigas do mundo, e agora está organizada em 26 departamentos. Foi a primeira universidade da Europa dedicada à formação de pessoal administrativo secular, e é uma das instituições acadêmicas mais antigas em operação contínua. Federico II é a terceira Universidade da Itália em número de alunos matriculados, mas apesar de seu tamanho ainda é uma das melhores universidades da Itália e do mundo, sendo particularmente notável para a pesquisa; em 2015 foi classificada entre as 100 melhores universidades do mundo por citações por papel.

foto do prédio da Universidade de Nápoles
Universidade de Nápoles, foto Giuseppe Guida em Wikipedia




c.3) Domínio Angevino e Aragonês (1266 a 1503) Reino de Nápoles

No século XIII, Nápoles passou para o domínio dos Angevinos franceses, tornando-se a capital do Reino de Nápoles. Este período é marcado por um renascimento artístico e arquitetônico. Posteriormente, no século XV, o controle da cidade passa para a Coroa de Aragão, iniciando um período de influência espanhola que duraria até o século XVIII.

Nesse período destacam-se Carlos I de Anjou (1227-1285), que fez de Nápoles a capital de seu reino, e Alfonso I de Aragão (1396-1458), que fortaleceu a cidade e promoveu o Renascimento.

São desse período:

Castel Nuovo (Maschio Angioino): Um imponente castelo construído em 1279 sob o reinado de Carlos I de Anjou, que se tornou um símbolo do poder angevino e aragonês em Nápoles.

foto do Castel Nuovo
Castel Nuovo (Maschio Angioino), foto Sergio Parrela em wikipedia


Basilica de Santa ChiaraO Mosteiro de Santa Clara foi fundado em 1310-1328 por Roberto de Anjou, também conhecido como Roberto o Sábio, Rei de Nápoles, e sua esposa Sancha de Maiorca. A fundação do mosteiro foi motivada por uma mistura de devoção religiosa e o desejo de criar um complexo monumental que servisse como panteão para a dinastia angevina (dinastia d'Anjou). O local escolhido tinha uma importância estratégica e simbólica, situado no coração de Nápoles.


complexo de Santa Clara foto de pilares de cerâmica majolática
Claustro do Complexo de Santa Chiara, foto de © Vitalii Bondalietov
|em Dreamstime.com


foto do corredor do mosteiro com belíssimos afrescos religiosos
Corredor do Mosteiro com belíssimos afrescos

Vejam: https://historiacomgosto.blogspot.com/2024/05/complexo-convento-basilica-e-museu-de.html

A visita a essa basílica é um dos pontos imperdíveis de Nápoles.
  

Duomo di Napoli (Catedral de Nápoles): Iniciada no século XIII, é dedicada a Santa Restituta e San Gennaro, padroeiro da cidade, e mistura elementos góticos e renascentistas.

fotografia da fachada do duomo de Nápoles
Fachada do Duomo de Nápoles, foto de Berthold Werner em Wikipedia


O Duomo de Nápoles, também conhecido como a Catedral de Nápoles ou Catedral de Santa Maria Assunta, é um edifício de grande importância histórica e religiosa localizado na cidade de Nápoles, Itália. Este monumento é famoso não apenas pela sua arquitetura imponente, mas também por abrigar relíquias importantes, como as do padroeiro da cidade, São Januário (San Gennaro).

A construção do Duomo de Nápoles começou em 1272 e foi concluída no início do século XIV, sob o reinado de Carlos I de Anjou. A catedral foi erguida sobre os restos de construções anteriores, incluindo antigas basílicas paleocristãs, demonstrando a sobreposição de camadas históricas características de muitos edifícios italianos.

foto do interior do Duomo de Nápoles
Interior do Duomo de Nápoles, foto Enrico Della Pietra em Dreamstime.com


O estilo arquitetônico é predominantemente gótico, refletido nas suas elevadas naves, arcos pontiagudos e abóbadas. No entanto, devido às várias reconstruções e restaurações ao longo dos séculos, a catedral também apresenta elementos de outros estilos, como o barroco e o neogótico. A fachada atual, por exemplo, foi finalizada em 1905 pelo arquiteto Enrico Alvino, que a projetou no estilo neogótico.

Capela San Genaro

Construída entre 1608 e 1637, a capela é um exemplo esplêndido do barroco napolitano. É rica em mármores, afrescos e esculturas, com trabalhos de importantes artistas como Domenichino e Lanfranco.

A capela abriga as relíquias de São Januário, incluindo o seu sangue, que está no centro de uma das tradições religiosas mais celebradas de Nápoles: o milagre da liquefação do sangue. Este fenômeno, que supostamente ocorre três vezes ao ano, atrai muitos fiéis e turistas, sendo visto como um sinal de proteção sobre a cidade.


foto da capela de San Genaro

A liquefação do Sangue de San Gennaro


São Januário (San Gennaro) foi um bispo de Benevento, uma cidade próxima a Nápoles, que morreu como mártir durante as perseguições contra os cristãos no início do século IV. Após sua morte, suas relíquias foram preservadas e eventualmente transferidas para Nápoles. A tradição da liquefação do sangue remonta pelo menos ao século XIV, sendo o primeiro registro documentado datado de 1389.

As Datas do Milagre

O fenômeno de liquefação ocorre regularmente em três ocasiões durante o ano:
  • 19 de setembro: Festa de São Januário, comemorando o martírio do santo.
  • Primeiro sábado de maio: Celebra uma importante transladação das relíquias de Pozzuoli para Nápoles.
  • 16 de dezembro: Em ação de graças pela proteção de Nápoles contra a erupção do Monte Vesúvio em 1631.

Durante as cerimônias, as ampolas contendo o sangue são apresentadas à congregação. Se o sangue se liquefaz, a ocorrência é vista como um sinal positivo, um bom presságio para a cidade e seus habitantes. A não liquefação, por outro lado, é tradicionalmente interpretada como um mau presságio, associado a desastres ou infortúnios.



e) Sob o domínio Espanhol (1503 a 1714)


Sob o domínio espanhol, Nápoles tornou-se uma das maiores cidades da Europa, com um crescimento significativo. No entanto, também enfrentou várias epidemias e erupções do Monte Vesúvio. O domínio espanhol foi marcado por um governo autocrático e pela construção de imponentes fortificações e palácios.

O destaque do período foram os Vice-reis como Pedro Álvarez de Toledo (1484-1553), que modernizou a cidade, promovendo uma vasta reforma urbana.

Nesse período:

Palazzo Reale di Napoli: Construído em 1600, este palácio real serviu como residência para os governantes espanhóis, oferecendo um exemplo esplêndido da arquitetura do Renascimento italiano.

foto do Palácio Real
Palazzo reale, foto pietro scerrato, wikipedia


San Lorenzo Maggiore: A igreja e o complexo monástico, que datam do período medieval, foram significativamente remodelados durante o domínio espanhol, incorporando elementos do Barroco.

Fontana del Gigante: 
A fonte foi encomendada por Enrique de Guzmán, o Conde de Olivares, como parte de um conjunto de embelezamento urbano durante o domínio espanhol em Nápoles. A intenção era criar um marco monumental que refletisse a opulência e o poder da aristocracia espanhola.
A Fontana del Gigante, em Nápoles, foi inaugurada em 1601. Originalmente, esta fonte monumental não se localizava onde está hoje. Ela foi projetada pelo arquiteto e escultor Pietro Bernini, pai do famoso Gian Lorenzo Bernini, e foi inicialmente colocada perto do Palazzo Reale di Napoli.

fotografia da Fontana del Gigante uma escultura alta em forma de arco
Fontana del Gigante, Napoles, foto © Siegfried Schnepf | Dreamstime.com

O design da Fontana del Gigante é caracteristicamente barroco, apresentando formas elaboradas e uma rica ornamentação. A fonte é composta por três arcos grandiosos, decorados com esculturas de tritões, ninfas e figuras mitológicas marinhas. O nome "del Gigante" provavelmente foi dado devido ao seu tamanho grandioso. 


Chiesa del Gesú Nuovo ou Chiesa del Santissimo nome de Gesú

A Igreja do Gesù Nuovo, localizada no coração de Nápoles, é uma das mais importantes e impressionantes igrejas da cidade. Seu nome completo é Chiesa del Santissimo Nome di Gesù, e ela se destaca por sua fachada única e pela rica decoração barroca em seu interior.
Construção e Estilo Arquitetônico

A igreja foi originalmente construída como um palácio, o Palazzo Sanseverino, em 1470, durante o reinado de Ferrante I de Aragão. A fachada original do palácio ainda é visível hoje e é notável por seu design em diamante, um exemplo do chamado "bugnato" rústico, uma técnica arquitetônica que proporciona um efeito de relevo.

fachada da Igreja do Santíssimo nome de Jesus, com sua parede em relevo cinza
Fachada da Igreja do Santíssimo nome de  Jesus, foto HistoriacomGosto

Em 1584, o palácio foi confiscado pela coroa espanhola e entregue à ordem jesuíta, que o transformou em uma igreja. O interior foi completamente renovado para se adaptar às necessidades do culto jesuíta, e as obras foram concluídas em 1601. O estilo predominante no interior é o barroco, caracterizado por uma rica ornamentação, com mármores policromados, afrescos magníficos e detalhes dourados.
Ordem Religiosa

foto do interior da igreja do Jesus Novo, mostrando sua rica decoração
Interior da Chiesa del Gesú nuovo, foto HistoriacomGosto


A igreja passou a ser um dos principais centros dos jesuítas em Nápoles. Os jesuítas, conhecidos por sua ênfase na educação e no trabalho missionário, transformaram o Gesù Nuovo em um importante eixo espiritual e cultural da cidade. Embora a ordem tenha sido suprimida em 1767 e a igreja posteriormente tenha passado por períodos de administração por outras entidades religiosas, ela continua a ser associada aos jesuítas.

f. Período Bourbon Espanhol- (1750 a 1860) - Reino das Duas Sicílias


Após a Guerra da sucessão espanhola no século XVIII, a posse do reino novamente mudou de mãos. Sob os termos do Tratado de Rastatt em 1714, Nápoles foi dado a Carlos VI, Sacro Imperador Romano. Não durou muito.

Nápoles e Sicília foram conquistadas por um exército espanhol durante a guerra da sucessão polonesa, em 1734, e Carlos,  um jovem filho do Rei Filipe V de Espanha foi instalado como Carlos VII, rei de Nápoles e da Sicília, de 1735. 

Quando Carlos herdou o trono espanhol a partir de seu meio-irmão mais velho, em 1759, ele deixou Nápoles e Sicília para seu filho mais novo, Fernando IV. Apesar dos dois reinos, serem uma união pessoal sob as dinastias de austríacos e espanhóis, eles permaneceram constitucionalmente separados.

Sendo um membro da Casa de Bourbon, Fernando IV foi um adversário natural da Revolução Francesa e de Napoleão.

Obelisco da Imaculada

O obelisco da Imaculada foi erguido para comemorar o dogma da Imaculada Conceição. A tradição de homenagear a Imaculada Conceição nesta praça remonta a 1743, quando foi colocada uma estátua da Virgem Maria no topo do obelisco, com a inauguração oficial e a bênção do monumento completas em 1750.

foto do Obelisco da Imaculada uma torre com a estátua da Imaculada no topo em frente a Igreja de Jesus Novo
Obelisco da Imaculada, foto HistoriacomGosto


Museu Capodimonte 

O Museu de Capodimonte, localizado em Nápoles, Itália, é um dos museus mais importantes e vastos do país. Situado no majestoso Palazzo di Capodimonte, originalmente projetado como uma residência de verão e pavilhão de caça para os reis de Nápoles da dinastia Bourbon, o museu abriga uma rica coleção de arte que abrange vários séculos.


foto da fachada do museu Capodimonte
Museu Capodimonte, foto de © Sirio Carnevalino em Dreamstime.com


A coleção do Museu Capodimonte inclui obras-primas da pintura italiana e europeia, com destaque para a arte renascentista e barroca. Entre os artistas representados estão nomes de enorme relevância como Caravaggio, Rafael, Ticiano, Masaccio, Simone Martini, e muitos outros. Além das pinturas, o museu também exibe uma impressionante coleção de artes decorativas, armas, porcelanas e obras históricas.

foto do quadro de Rafael Madonna del Divino Amore com Jesus no colo da virgem Maria
Madonna del Divino Amore, foto HistoriacomGosto


Madonna del Divino Amore: Esta é uma das obras mais notáveis de Rafael no museu. A pintura representa a Virgem Maria com o Menino Jesus, São João Batista e Santa Isabel. Conhecida por sua delicadeza e a maestria na representação das figuras, a obra é um excelente exemplo da habilidade de Rafael em capturar a ternura e a espiritualidade.

Teatro San Carlo

O Teatro di San Carlo foi encomendado por Carlos de Bourbon, que era então o Rei de Nápoles, mais tarde conhecido como Carlos III da Espanha. Ele desejava um novo teatro que superasse em esplendor e capacidade o Teatro San Bartolomeo, o antigo teatro da cidade.

A construção começou em 1737 e foi concluída no mesmo ano, o que reflete a decisão firme e a eficiência dos esforços de construção sob a direção do arquiteto Giovanni Antonio Medrano e o engenheiro Angelo Carasale.

foto da fachada do teatro San Carlo
Teatro San Carlo, foto de Diego Delso em wikipedia

O teatro foi inaugurado em 4 de novembro de 1737, com a ópera "Achille in Sciro" de Domenico Sarro. A abertura coincidiu com o dia do nome de Carlos, o que simbolizava o prestígio e a importância do evento.

Quando foi construído, o Teatro di San Carlo tinha capacidade para cerca de 3.285 espectadores, sendo o maior teatro de ópera da época na Europa. Essa capacidade destacava-o em relação a outros teatros importantes, como a Opéra de Paris e o Teatro Alla Scala em Milão.

foto do interior do Teatro San Carlos com suas belas poltronas vermelhas
Teatro San Carlo, Napoli, foto de Andreas Solaro/Agence France-Presse
— Getty Images, em New York Times


Sua grandiosidade e acústica excepcional rapidamente tornaram o San Carlo um dos teatros mais importantes da Europa, atraindo compositores, músicos e amantes da ópera de todo o continente.

Museu Arqueológico de Nápoles

O museu está situado na Piazza Museo, no centro da cidade de Nápoles. O edifício que abriga o museu foi inicialmente construído no final do século XVI. Contudo, o museu em si foi oficialmente aberto ao público em 1816.

foto da Fachada do Museu Arqueológico de Nápoles
Museu Arqueologico de Nápoles, foto de Istvanka em Wikipedia húngara


Originalmente, o edifício foi concebido para ser a sede da Universidade de Nápoles, mas foi convertido em um museu para abrigar as coleções arqueológicas da Casa de Bourbon. A construção original foi iniciada por ordem do vice-rei espanhol Pedro Álvarez de Toledo durante o reinado da Espanha sobre Nápoles.

Principais Peças em Exposição

O Museu Arqueológico Nacional de Nápoles é renomado por suas extensas coleções, destacando-se: 
  • Coleção de Pompéia e Herculano: O museu abriga uma rica coleção de artefatos das cidades romanas de Pompeia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Esta coleção inclui afrescos, mosaicos e objetos do cotidiano que oferecem uma visão fascinante da vida na Roma Antiga.
             
foto do afresco do padeiro e sua esposa retirado de pompeia
Afresco do padeiro Terentius Neo com esposa,

  • Esculturas Clássicas: A famosa coleção Farnese é uma das joias do museu, com obras-primas como o Hércules Farnese e o Touro Farnese. 
foto da escultura do touro farnesio
Touro Farnesio

  • Coleção Egípcia: Embora não tão conhecida quanto as coleções greco-romanas, o museu também possui uma interessante coleção de artefatos egípcios.



Palácio Reggia di Caserta (1752 ~ 1773 ~1847)

A Reggia di Caserta (Palácio Real de Caserta) é um palácio barroco situado em Caserta, na região italiana da Campania, cerca de 40 km distante de Nápoles. O edifício foi encomendado pelo rei Carlos VII para servir de centro administrativo e cortesão do novo Reino de Nápoles, ao mesmo tempo que simbolizava o poder real. O monarca quis dotar a Dinastia Borbon-Duas Sicílias de uma residência à altura do Palácio de Versailles. O Palácio conta com cerca de 1.200 quartos e é um dos maiores da Europa considerando esse critério.

foto da fachada do Palácio Reggia di Caserta em tom amarelo claro no pavimento inferior e amarelo alaranjado no segundo pavimento
Palacio Reggia di Caserta, foto HistoriacomGosto


Residência real

O rei Fernando I elegeu o Palácio Real de Caserta como sua residência de Verão, a qual se converteria numa das principais quando teve que abandonar o real sítio favorito, o Reggia di Portici, em consequência da erupção do Vesúvio em 1767. A sua esposa, Maria Carolina de Áustria, encarregou-se da decoração do palácio, pois tinha um gosto refinado que havia sido demonstrado em diversas ocasiões, reunindo uma importante pinacoteca e uma grande colecção de porcelana

foto dos imensos jardins do Palácio di Caserta
Vista dos jardins do Palacio Regia di Caserta, foto HistoriacomGosto



O Cristo Velado na Capela San Severo

A história da Capela Sansevero começa em 1590, quando Giovanni Francesco di Sangro, Patriarca da família Sangro, decidiu construir uma pequena capela dedicada ao Santo Rosário próxima ao palácio da família. A capela passou por uma transformação significativa no século XVIII, adquirindo uma configuração barroca, sob a direção de Raimondo di Sangro, o sétimo Príncipe de Sansevero.

foto do interior da capela de San Severo
Visao Geral Capela Sansevero, foto Museu Capela Sansevero


A escultura do "Cristo Velado" foi encomendada por Raimondo di Sangro ao escultor napolitano Giuseppe Sanmartino em 1753. A obra é notável pelo seu impressionante realismo e pela habilidade técnica com que o mármore foi esculpido para parecer um véu transparente sobre o corpo de Cristo.


foto da escultura do Cristo velado, que mostra Jesus coberto por um tecido leve e onde a escultura consegue mostrar toda a leveza de uma forma magnífica
Estatua do Cristo Velado, foto Museu Capela Sansevero

Obs: As visitas na Capela Sansevero são restritas a um pequeno número de pessoas e somente em alguns dias da semana. Como elas também são muito procuradas é difícil conseguir comprar o ingresso no dia na porta. Procure sempre reservar online.

g) Período intermediário de dominação francesa (1806 a 1815)

Em 1806, Napoleão Bonaparte invadiu Nápoles e depôs o rei Bourbon, Fernando IV. Napoleão instalou seu irmão, Joseph Bonaparte, como rei de Nápoles. Durante o governo de Joseph, várias reformas administrativas e sociais foram introduzidas, seguindo o modelo francês.

Reino de Nápoles sob Joachim Murat (1808-1815):

Joseph Bonaparte foi transferido para ser rei da Espanha, e Joachim Murat, cunhado de Napoleão, assumiu como rei de Nápoles em 1808. Murat era um líder militar carismático e implementou reformas modernizadoras, incluindo a reorganização do exército e reformas na educação.

Ele também tentou equilibrar as influências francesas com as tradições locais, o que lhe rendeu apoio significativo entre os napolitanos.

O reinado de Murat terminou com a derrota de Napoleão em 1815, resultando na restauração dos Bourbon no trono de Nápoles.

Praça do Plebiscito

Origem e Planejamento: A praça começou a tomar forma durante o reinado de Joachim Murat, cunhado de Napoleão Bonaparte, que governou o Reino de Nápoles entre 1808 e 1815. Ele planejava transformar a área em um grande fórum público, refletindo as influências do urbanismo neoclássico que se espalhava na Europa durante o período napoleônico.

Desenvolvimento Sob Fernando I: Após a queda de Murat e a restauração da monarquia Bourbon, o rei Fernando I continuou os trabalhos de construção. Ele encomendou o projeto a Leopoldo Laperuta e Antonio Niccolini, que ampliaram e finalizaram a praça. A sua configuração atual foi concluída em torno de 1846.

Nomeação: Inicialmente, a praça não tinha o nome atual. Foi só após a unificação da Itália, em 1860, que a praça recebeu o nome "Plebiscito", em homenagem ao plebiscito que ratificou a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino de Sardenha, que eventualmente se tornaria o Reino da Itália.
Elementos Arquitetônicos

  • Basílica de San Francesco di Paola: Inspirada no Panteão de Roma, esta igreja neoclássica se destaca na praça. A construção começou em 1816 e foi concluída em 1846.

foto da Igreja em estilo neoclassica da Igreja de São Francisco de Paula na praça do Plebiscito
Praça do Plebiscito com a Igreja de São Francisco de Paula,
foto de  Di Napoli © Ryszard Parys | Dreamstime.com

No lado oposto da praça se situa o Palazzo Real di Napoli que havia sido construído já em  1600.


h) Período da Unificação Italiana - Risorgimento


No século XIX, Nápoles desempenhou um papel crucial no Risorgimento, o movimento de unificação italiana. Em 1860, Giuseppe Garibaldi entrou em Nápoles, liderando a conquista que contribuiria para a unificação da Itália sob a Casa de Saboia no ano seguinte. Outro destaque foi Francisco II das Duas Sicílias (1836-1894), o último rei do Reino das Duas Sicílias.

Galleria Umberto I: Um exemplo magnífico da arquitetura do século XIX, inaugurada em 1890. Esta galeria comercial é um símbolo da unificação italiana e da modernização de Nápoles.

foto da fachada da Galeria Umberto I
Galeria Umberto I, foto HistoriacomGosto



foto do interior da galeria Umberto I mostrando seu teto em uma mistura de aço e vidro
Galeria Umberto I, foto de @Scaliger em dreamstime.com



h) Século XX até os Dias Atuais / Período de guerra e pós-guerra


No século XX, Nápoles enfrentou desafios, incluindo a devastação durante a Segunda Guerra Mundial e problemas sociais e econômicos no pós-guerra. Recentemente, a cidade tem se revitalizado, destacando-se por seu rico patrimônio cultural, histórico e artístico. Nápoles é hoje Patrimônio Mundial da UNESCO, reconhecida pela sua extraordinária herança arquitetônica, a vibrante vida cultural e a influência culinária, particularmente como o berço da pizza.

A história de Nápoles é um testemunho da complexidade e da riqueza cultural da Itália, revelando camadas de influências gregas, romanas, medievais, renascentistas e modernas que moldaram a cidade e a região ao longo dos séculos.

Estação Toledo do Metrô de Nápoles: Inaugurada em 2012, é uma das estações de metrô mais bonitas do mundo, representando a modernidade e a inovação na Nápoles contemporânea.


foto do teto da escadaria da estação de metrô toledo mostrando uma circuferencia colorida dando a ideia do fundo do oceano
Estação toledo, foto historiacomgosto



3. - Outros Bairros, Ruas e Locais de Interesse em Nápoles


3.1 - Quarteirões espanhois

Os Quartieri Spagnoli foram assim nomeados devido à sua criação durante o período de dominação espanhola em Nápoles. Foram concebidos no século XVI, mais precisamente na década de 1530, por Pedro de Toledo, vice-rei espanhol de Nápoles, para acomodar as tropas espanholas. A ideia era manter as tropas fora do centro urbano principal, mas ainda próximas o suficiente para controlar a cidade.


foto do quarteirão espanhol mostrando uma pitura em mural do jogador Maradona que é grand ídolo em Nápoles
Quarteirão Espanhol, Mural de Maradona, Nápoles, foto de Napoli.info


Nos Quartieri Spagnoli, é comum ver manifestações culturais locais, como a música napolitana tradicional e festividades religiosas. As pessoas da área são conhecidas por sua hospitalidade e forte senso de comunidade.

3.2 - Mercados e Feiras em todos os lugares (fotos: HistoriacomGosto)

foto mostrando mercado de frutas na rua em Nápoles
mercado na área do quartieri spagnoli

foto mostrando grande variedade de queijo em um mercado

foto mostrando mercado em plena rua com banca de verdura


Banca de Peixes com polvo e camarão 

foto de banca de peixe na rua em pleno centro de Nápoles


3.3 - Ruas lotadas e pessoas fazendo uma "passegiata" todo o tempo 

rua lotada com bandeira  de time de futebol estendida

Outra pequena viela lotada de gente passeando

3.4 - A paixão pelo Calcio (futebol), Napoli e Maradona

outro grande mural de Maradona em restaurante perto do Duomo

outra pintura de Maradona com a camisa da seleção argentina em entrada de restaurante em Nápoles

outra foto de apartamento em uma rua pequena comercial com três bandeiras


4. - Cultura e Tradições


  • Folclore: Nápoles tem um rico folclore, com personagens icônicos como Pulcinella, que se tornou conhecido na commedia dell'arte italiana. Histórias de fantasmas, milagres e santos são parte do tecido cultural local.
 foto de pequena escultura do Pulcinella com sua roupa e capuz branco, máscara preta e uma camisa vermelha por baixo do roupão branco
Pulcinella, foto HistoriacomGosto


  • Comidas Típicas: A culinária napolitana é mundialmente famosa. A pizza napolitana foi reconhecida pela UNESCO como patrimônio imaterial da humanidade. Outros pratos incluem a sfogliatella, um doce recheado, e o spaghetti alle vongole.
                                   
 foto de uma pizza de queijo chamada de pizza branca
pizza branca, queijo, foto HistoricomGosto

  •  Língua e Identidade: A Língua Oficial é o Italiano, utilizado em contextos formais e oficiais e a  segunda língua é o napolitano, uma língua romance com suas próprias variações e rica em expressões idiomáticas, é amplamente falado e considerado um símbolo da identidade cultural local.
  • Solidariedade no "Café Sospeso"O "caffè sospeso," ou "café suspenso," é uma tradição solidária que se originou em Nápoles, Itália. Este costume consiste em um ato de generosidade e solidariedade, onde um cliente em um café paga por dois cafés, mas consome apenas um, deixando o outro "suspenso" para alguém que não pode pagar.
foto de um anuncio do café sospeso com uma pessoa bem vestida tomando café e ao lado uma pessoa mais humilde também tomando o café



5. A Localização geográfica típica de Nápoles

Os Campi Flegrei (Campos Flégreos) são uma vasta área vulcânica localizada a oeste de Nápoles, na Itália. Este campo vulcânico é conhecido por sua atividade geotérmica e histórica, além de ser um dos supervulcões mais notáveis do mundo.

Características dos Campos Flégreos

  • Localização: Situados a noroeste de Nápoles, os Campos Flégreos cobrem uma área de aproximadamente 13 km de largura. Esta região inclui várias cidades e vilarejos, como Pozzuoli, Bacoli, e parte de Nápoles.

  • Origem do Nome: O nome "Campos Flégreos" deriva do grego "phlegraios", que significa "ardente" ou "em chamas", refletindo a intensa atividade vulcânica e as frequentes emissões de vapores sulfurosos.

foto de Nápoles e sua baía para enfatizar que ela está situada no topo de uma cadeia de vulcões


Características Geológicas

  • Supervulcão: Os Campos Flégreos são considerados um supervulcão devido ao potencial para erupções extremamente grandes que poderiam ter impactos significativos no clima global e na vida humana. A última grande erupção ocorreu cerca de 39.000 anos atrás e é conhecida como a "erupção do Ignimbrite Campaniana", uma das maiores erupções vulcânicas da Europa.

  • Vulcões e Crateras: A área possui mais de 24 cráteras e cones vulcânicos, sendo algumas das mais conhecidas a Solfatara, que é uma cratera ainda ativa em termos de atividade fumarólica, e o Vulcão de Monte Nuovo, formado em 1538.

  • Fenômenos Vulcânicos: O solo dos Campos Flégreos experimenta fenômenos vulcânicos ativos, como fumarolas, fontes termais, e emissão de gases vulcânicos. A região é também conhecida por eventos de bradisismo, um fenômeno onde o solo sobe e desce devido à movimentação do magma abaixo da superfície.


6. - O crime organizado em Nápoles

Embora seja imperceptível para os visitantes e turistas, sendo um blog de história, é importante comentarmos sobre o surgimento do crime organizado em Nápoles.

Isso é uma questão complexa e profundamente enraizada na história da região. A Camorra, que é a principal organização criminosa associada a Nápoles, tem origens que remontam ao século XIX, embora suas atividades possam ter sido informais e menos estruturadas antes disso.

O ano de 1820 é frequentemente citado como um marco inicial, quando a Camorra começou a ser reconhecida como uma organização estruturada.

A Camorra começou a se formar como um grupo organizado por volta de 1820, composta inicialmente por pequenos criminosos e envolvidos em atividades ilícitas, que procuravam exercer controle e influência sobre o cotidiano da cidade.

A presença da Camorra criou uma economia paralela em Nápoles, onde muitos setores, desde a construção civil até o comércio local, são afetados pelas práticas de extorsão e corrupção. Moradores e empresários enfrentam pressão para pagar "pizzo" (dinheiro de proteção), o que cria um ambiente de medo e insegurança. Essa prática limita a liberdade econômica e social da população local.

Historicamente, a Camorra tem exercido influência sobre a política local, corrompendo funcionários públicos e influenciando decisões políticas e isso contribui para aumentar níveis de violência e insegurança nas comunidades, afetando a qualidade de vida.  

Respostas e Desafios

O governo italiano tem implementado várias medidas ao longo dos anos para combater o crime organizado, inclusive operações policiais e reformas legais. No entanto, a erradicação total da influência da Camorra permanece um desafio devido à sua enraizada presença social e econômica.

A luta contra o crime organizado em Nápoles é contínua e complexa, exigindo esforços coordenados do governo, da sociedade civil e da comunidade internacional para promover um desenvolvimento sustentável e seguro na região.

7. - Pontos que podem ser visitados a partir de um bate volta de Nápolis


Nápoles tem uma excelente localização permitindo várias opções de passeios em um bate-volta de 1 dia. Vejam:

a) Pompéia
  • Distância: Aproximadamente 23 km de Nápoles.
  • Transporte: Trem Circumvesuviana a partir da estação central de Nápoles (Napoli Centrale) até a estação Pompei Scavi - Villa dei Misteri.
  • Atrações: Explore as ruínas bem preservadas da antiga cidade romana destruída pela erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Pontos importantes incluem o Fórum, o Anfiteatro, e as vilas com murais e mosaicos impressionantes.
 foto do anfiteatro de Pompéia

b) Herculano
  • Distância: Aproximadamente 15 km de Nápoles.
  • Transporte: Trem Circumvesuviana até a estação Ercolano Scavi.
  • Atrações: Menor e mais bem conservada que Pompéia, Herculano oferece um vislumbre da vida romana antiga, com casas, banhos termais e incríveis obras de arte preservadas.
c) Caserta
  • Distância: Aproximadamente 36 km de Nápoles.
  • Transporte: Trem regional da estação central de Nápoles até a estação Caserta.
  • Atrações: O Palácio Real de Caserta, uma das maiores residências reais do mundo, é famoso por suas esplêndidas salas decoradas, jardins luxuosos e fontes majestosas.
d) Ilha de Capri
  • Distância: A 40 minutos de ferry do porto de Nápoles.
  • Transporte: Ferry ou hidrofoil do porto de Molo Beverello.
  • Atrações: Conhecida por suas paisagens deslumbrantes, a ilha oferece atrações como a Gruta Azul, o Monte Solaro, e os Jardins de Augusto, além de boutiques de luxo e restaurantes.
                               foto da baía da ilha de Capri mostrando as grandes Pedras no mar que são características do local
e) Sorrento
  • Distância: Aproximadamente 50 km de Nápoles.
  • Transporte: Trem Circumvesuviana até a estação Sorrento.
  • Atrações: Esta cidade pitoresca oferece vistas deslumbrantes do mar, ruas encantadoras para passear, e deliciosos produtos locais, como o limoncello.
f) Vesúvio
  • Distância: Aproximadamente 20 km de Nápoles.
  • Transporte: Trem Circumvesuviana até Ercolano Scavi, seguido por um ônibus ou táxi até o parque nacional.
  • Atrações: Suba até a cratera do famoso vulcão que destruiu Pompéia e Herculano, oferecendo vistas panorâmicas espetaculares da baía de Nápoles.
g) Costa Amalfitana
  • Distância: Varia dependendo da cidade (Amalfi, Positano, Ravello).
  • Transporte: Embora seja possível em um dia, é mais confortável com um carro alugado ou uma excursão organizada, devido ao tempo de viagem e a natureza sinuosa das estradas. 
  • Atrações: Desfrute de vistas incríveis, vilarejos encantadores e a famosa culinária local.


8. - Conclusão

Nápoles é caótica, cheia de gente jovem, motocicletas nas ruelas, carros trombando, comercio de frutas, peixe, pães, no meio da rua. Casas velhas, roupa estendida em varais, camisas do Nápoli e fotografias, bonecos e murais do Maradona. Tudo isso em meio também ao que lixo as vezes demora para ser recolhido, a torna um local diferente. Existe a presença do crime organizado mas que a justiça italiana se esforça para combater. Para nós, visitantes e  turistas, isso passa despercebido. Portanto se você vier sabendo o que vai encontrar, quiser conhecer a história, a cultura e o espírito do povo, você pode gostar muito.


 outra fot da baía de Nápoles mostrando o seu porto de onde saem os grandes barcos com o vesúvio ao fundo
Vista geral de Nápoles, foto de @tanialerro em dreamstime.com


9. Referências


Wikipedia - Nápoles e locais específicos

ChatGpt - Consultas sobre locais, temas e periodos históricos

Basilica de Santa Clara https://historiacomgosto.blogspot.com/2024/05/complexo-convento-basilica-e-museu-de.html

Museu Capodimnonte
https://historiacomgosto.blogspot.com/2024/04/museu-capodimonte-napoles-uma-joia.html

A Lenda de Pulcinella
https://historiacomgosto.blogspot.com/2024/06/a-lenda-de-pulcinella.html

Pompeia, uma cidade interrompida
https://historiacomgosto.blogspot.com/2024/04/pompeia-uma-cidade-interrompida.html